Misoginia

30/05/2021 às 15:37 Dicas

Misoginia

Você, mulher, sabe o que são pessoas misóginas? Dá só uma olhada abaixo!

A mulher vem a cada dia ocupando espaços mais amplos na vida pública que antes eram destinados apenas a homens, passando a desempenhar uma série de funções nos diversos setores sociais como na política e no mercado de trabalho, nas universidades e lideranças de grandes empresas. Aos poucos, a mulher vem sendo deixada de ser vista como sombra dos homens e vem adquirindo direitos que durante muito tempo, foram delegados apenas aos homens.

Histórico das mulheres brasileiras

Historicamente, modelos sociais têm se desenvolvido e delegado, ao longo do tempo, uma posição secundária ou mesmo inexistente às mulheres. No século 19, as mulheres brasileiras estavam expostas à repressão e submissão de seus maridos, e era vista como “traste da casa”, posição ocupada por mulheres ricas e pobres, negras e brancas. Eram tratadas com brutalidade e restrita à esfera privada, cabendo-lhe apenas suprir as necessidades dos homens. Dessa forma, foi-se criando durante muito tempo, um estereótipo da mulher submissa às ordens do marido, dos pais, dos irmãos. Não tinha a mínima liberdade para se expressar, devendo inclusive seguir um modelo padrão de vestimentas, que diferenciariam as mulheres “honestas” das “não honestas”. A privação sexual era corrente, já que através dela se podia classificar a mulher digna para um compromisso matrimonial. Dessa forma, as mulheres não possuíam a liberdade de escolher o que queriam, sendo educadas para ser uma boa esposa e mãe.

A luta das mulheres está na visão de que precisamos nos libertar das amarras de um senso moral construído por uma cultura machista, que tem sido cristalizada há séculos. O foco não é apenas conquistar espaço ou igualdade política ou econômica, mas sim a luta pela liberdade para além da equiparação de direitos, e pelo respeito à alteridade, numa sociedade livre de relações preconceituosas e discriminações.

Igualdade de gênero

O gênero feminino tem sido histórica e culturalmente menosprezado. Diante da insatisfação quanto a essa repressão imposta pelo sistema patriarcal, a mulher passou a buscar pelo seu reconhecimento, pela igualdade e, principalmente, por respeito, lutando para que a mulher se tornasse efetivamente um sujeito de direitos. Além disso, questionar o papel da instituição do casamento, dos papéis como esposa e mãe como “destino” da mulher, buscam inverter os valores sociais, abrindo espaço para novas escolhas e outras possibilidades de ser mulher.

As desigualdades entre homens e mulheres são visíveis quanto às funções que desempenham, os lugares que ocupam, as características que apresentam são diferenças muito mais amplas do que apenas as diferenças sexuais ou biológicas.

O mundo contemporâneo deixou de ver a mulher apenas como dona do lar e responsável pelos afazeres domésticos, a mulher adquiriu uma posição mais participativa nos diversos setores da sociedade. Talvez por isso, haja ainda tantos preconceitos pelas posições ocupadas pelas mulheres.

O que é misoginia?

A misoginia é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas, portanto, uma descriminação que pode se manifestar de diversas maneiras, dentre elas a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, a violência contra as mulheres e sua objetificação sexual.

A misoginia consiste em homens com chamadas crenças tradicionais, que acreditam em sexos estereotipados, atribuindo supremacia ao homem e inferioridade a mulher.

Em 2005 a Organização Mundial da Saúde denunciou que cerca de 29% das mulheres brasileiras relataram ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida, 22% não conseguiram contar a ninguém o ocorrido, e 60% não saíram de casa, nem sequer por uma noite.

As atitudes e crenças misóginas podem ser fatores que explicam a violência de gênero, a qual conta com dados alarmantes, e independe de status social, grau de escolaridade ou etnia.

A violência contra a mulher é uma das formas de violência mais aceita como normais e de maior presença no cotidiano da sociedade. Existem ditados populares que acabam expressando a naturalidade com que se lida com esse tipo de violência, por exemplo, “quanto mais apanha, melhor fica”.

Essa vontade de dominação pode ocorrer desde ações onde aquele que domina irá forçar o outro a agir de acordo com a sua vontade, até ameaças, agressividade física ou moral, abuso financeiro, entre outros. É através do discurso misógino que ocorre a violência contra a mulher, onde ambos ocupam papéis de dominador e dominado na relação.

Dessa forma, a discriminação se torna habitual e naturalizada, gerando várias práticas sociais que permitem ataques contra a integridade de mulheres, sua saúde e liberdade, gerando uma série de transtornos mentais, para citar a depressão como exemplo.. Estando a sociedade impregnada pela cultura da violência contra a mulher, o Estado e o próprio particular, tem a obrigação de criar maneiras de tutelar os bens jurídicos quando violados, na busca pela integridade total da mulher.

Diferenças entre misoginia, machismo e sexismo

Vamos ver abaixo a descrição de cada um desses conceitos e seus impactos na ocupação social das mulheres:

  1. Misoginia: sentimento de aversão patológico pelo feminino, que é traduzida em práticas comportamentais machistas, cujas opiniões e atitudes visam o estabelecimento e manutenção das desigualdade e da hierarquia entre os gêneros, corroborando a crença de superioridade do poder e da figura masculina pregada pelo machismo.
  2. Sexismo: é um conjunto de atitudes discriminatórias e objetificação sexual que buscam estabelecer o papel social de cada gênero, utilizando estereótipos de como falar, agir, pensar e até mesmo o que vestir.

A misoginia afeta homens e mulheres?

A misoginia afeta homens e mulheres de formas diferentes, impactando ambos os gêneros. Ela exige amostras de uma cruel virilidade do homem e total subserviência na mulher, uma perda para ambos. Muitas vezes, quando a expectativa de comportamento da mulher não ocorre, a violência surge de forma ascendente, indo desde piadas depreciativas, assédios, abusos, estupros e culmina com o feminicídio.

A cultura atual banaliza o sofrimento feminino, o qual se estende em vários aspectos da vida da mulher, como o social, o psicológico, econômico e político, tornando difícil identificar os traços nocivos mais sutis. Dessa forma, homens e mulheres acabam reproduzindo atos e expressões machistas de forma consciente ou inconscientemente, com a mulher muitas vezes adotando mecanismos de sobrevivência na cultura opressora, uma aparente passividade que não deve ser entendida como aceitação das situações que lhe ferem a dignidade, mas sim, como um mecanismo de defesa e sobrevivência.

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Referências:

DIOTTO, N. & SOUTO, R.B. Desigualdade de gênero e misoginia: a violência invisível. 10ª Jornada de Pesquisa e 9ª Jornada de Extensão do Direito.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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