O que é fobia social? Veja como fazer para lidar e viver melhor!

01/05/2021 às 14:48 Dicas

O que é fobia social? Veja como fazer para lidar e viver melhor!

A maioria das pessoas apresentam uma ansiedade antecipatória em certas ocasiões quando estão expostas à avaliação do público, como quando dão uma palestra ou tocam um instrumento musical. Isso é chamado de desconforto social, e é comum na maioria das pessoas.

No entanto, quando o medo excessivo de ser mal avaliado pelo público devido a sua performance ou interação social, as quais, no seu ponto de vista, parecem inadequadas ao ponto de causar vergonha ou humilhação, é hora de rever essa ansiedade.

O que é o transtorno de ansiedade social?

O transtorno de ansiedade social, também conhecido como fobia social, é caracterizado pelo medo da vergonha, humilhação ou rejeição quando exposto à possível avaliação negativa dos outros em lugares públicos ou interações sociais. É um transtorno cujo ponto principal é o medo da avaliação externa, o medo acentuado e persistente de ser visto comportando-se de maneira humilhante por meio da demonstração de ansiedade ou de desempenho inadequado.

Algumas características do transtorno envolvem:

  • o medo da avaliação negativa;
  • a angústia como resultado de sintomas físicos de ansiedade;
  • o medo da incerteza quando em situações sociais;

Pessoas com este transtorno podem falar baixo e responder superficialmente às perguntas, e evitam o contato visual.

Cerca de 5 a 10% da população mundial sofrem com o transtorno de ansiedade social e é um transtorno que afeta majoritariamente mulheres. É o terceiro transtorno mental mais comum, atrás apenas de uso abusivo de substâncias e depressão, e é o transtorno de ansiedade mais comum. A idade em que a fobia social mais se desencadeia é na infância e com grande risco durante a puberdade, e tem baixa probabilidade de remissão.

Esse medo excessivo leva ao evitamento de situações diárias da vida e pode causar amplos danos no trabalho, nas relações e no funcionamento normal do indivíduo. É conhecido como um transtorno que dura, pelo menos, 6 meses e em muitos casos não é diagnosticado.

Subtipos e sintomas

O transtorno de ansiedade social possui dois subtipos:

1. Não generalizado: envolvem dois ou três episódios em interações sociais ou apresentações;

2. Generalizado: a presença da fobia social está em uma multitude de situações sociais ou de performance. Na fobia social generalizada, a pessoa apresenta dificuldades em conversar em grupos sociais menores, falar com estranhos ou conhecer novas pessoas, particularmente aquelas com autoridade, e comer em público.

A fobia social pode desencadear sintomas como: palpitações, tremores e sudorese. Os indivíduos tendem a avaliar negativamente a interação social, assim como os resultados dessas interações, o que os deixariam hipervigilantes a qualquer sinal de que possam estar indicando ansiedade visível aos outros, o que os mantêm em um ciclo.

Causas

As causas do transtorno de ansiedade social são várias. Uma soma entre uma predisposição genética, os distúrbios ambientais que podem ser gatilhos e a criação parental parecem dar origem ao transtorno. Fatores como pais intrusivos e superprotetores podem agravar o risco de desenvolvimento de fobia social em crianças. Situações adversas e estresse constante na vida também podem aumentar o risco.

Consequências

Quando não tratado, o transtorno de ansiedade social é reconhecido como algo muito debilitante e altamente prevalente que resulta em baixas conquistas educacionais, piora na performance ocupacional, queda na qualidade das interações sociais e diminuição da qualidade de vida. Está associado com ideações suicidas, baixa autoestima, baixo status socioeconômico, desemprego, problemas financeiros ou não estar casado. Muitos indivíduos com esse transtorno não sabem que vivenciam e, por isso, acabam não procurando ajuda para tratamento.

Comorbidades psiquiátricas acontecem em 90% dos casos com transtorno de ansiedade social. Essas pessoas tendem a ter uma piora na severidade dos sintomas, resistência ao tratamento e diminuição no funcionamento, com altas taxas de suicídio.

Consciência

A educação das pessoas com transtorno de ansiedade social e o público é uma parte fundamental do manejo e da prevenção da fobia social. Atualmente, o reconhecimento do transtorno ainda é baixo, requerendo maiores esforços dos profissionais de saúde para identificá-lo, o que nem sempre chega a ser apresentado nas estatísticas de saúde.

Os profissionais da saúde precisam estar preparados para identificar a presença do transtorno de ansiedade social já nas consultas de atendimento básico, para que possa encaminhar essa pessoa ao tratamento adequado.

Somado a isso, reconhecer que esse transtorno existe e que precisa ser tratado pela população geral ainda é uma lacuna e impede que as pessoas o reconheçam em si e tratem de forma adequada.

Muitas pessoas passam anos da vida vivenciando as consequências de um transtorno sem mesmo ter consciência do que está passando, atribuindo os acontecimentos apenas ao seu modo de ser.

Tratamentos

A fobia social precisa ser tratada a partir de uma visão multidisciplinar, na qual a psiquiatria, a psicoterapia e as terapias complementares agem em conjunto para ajudar a pessoa com esse transtorno.

No tratamento farmacológico, é comum o uso de antidepressivos seletivos de recaptação de serotonina. A partir de um ponto de vista psicológico, procura-se focar no que mantém a ansiedade social, atingir as imagens mentais criadas pela pessoa com fobia social a respeito do que os outros estariam criando deles, e ajuda a mapear todas as ocorrências, sintomas e sinais internos que ocorrem nessas situações. Atenta-se às crenças negativas sobre si mesmo, previsões negativas sobre os resultados de uma interação social, evitação associadas a essas previsões negativas, foco de atenção em pistas de ameaça social em situações sociais, avaliação negativa do desempenho depois da situação social enfrentada. O tratamento busca romper esse ciclo vicioso da ansiedade, ao trabalhar esses pontos expostos. (Hope et al., 2012).

Por meio da hipnose, pode-se realizar a regressão para identificar o momento exato em que houve o evento estressor ou traumático que mantém a ansiedade social.

Quer saber mais sobre como a hipnose pode ajudar no tratamento da fobia social? Procure um hipnólogo profissional para auxiliá-lo nessa jornada. Nossos profissionais são altamente qualificados e estão prontos para atender você!

Referências

BOER, J.A.D. Social anxiety disorder/ social phobia: epidemiology, diagnosis, neurobiology, and treatment. Comprehensive Psychiatry. 200;41(6).

LEVITAN, M. & NARDI, B.R.A.E. Habilidades sociais na agorafobia e fobia social. Psic. Teor. e Pesq. 2008;24(1).

ROSE, G.B. & TADI, P. Social anxiety disorder. StatPearls. 2021.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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