Psicoterapia de apoio

01/09/2021 às 22:46 Dicas

Psicoterapia de apoio

Existe um tipo de terapia para cada caso e perfil. Conhecer novas abordagens pode clarear a escolha do tipo adequado para cada demanda. Você conhece a psicoterapia de apoio? Então dá uma olhada!

O que é psicoterapia de apoio?

Segundo a Associação Psiquiátrica Americana, a principal característica da Psicoterapia de Apoio (PA) é a relação de apoio entre um paciente incapacitado e um terapeuta que, assumindo uma posição de autoridade, proporciona orientação, apoio e teste de realidade.

Dessa forma, a psicoterapia de apoio tem por objetivo a eliminação de sintomas ou de comportamentos desadaptativos, tanto em indivíduos que estejam atravessando crises agudas como em portadores de transtornos ou déficits crônicos, por meio do reforço de mecanismos de defesa adaptativos e de aspectos sadios; do afastamento de pressões ambientais demasiado intensas; e da adoção de medidas que visam ao alívio dos sintomas e ao controle de condutas desadaptativas. A psicoterapia de apoio procura, ainda:

Proporcionar apoio aos indivíduos na ultrapassagem das etapas evolutivas ou na superação de déficits maturativos;

Promover o crescimento psicológico (aquisição de maturidade emocional, autonomia, consolidação da identidade própria, estabelecimento de uma auto-imagem estável e integrada do self) e melhorar a capacidade de julgamento da realidade.

Intervenções da PA

As intervenções da psicoterapia de apoio destinam-se ao reforço do ego em situações de crise aguda, nas quais o objetivo é fazer com que o indivíduo retome o seu funcionamento regular, mas também aumente sua autoestima e saúde mental por meio de técnicas que melhorem o funcionamento adaptativo e minimizem o seu desconforto emocional. Nos pacientes severamente incapacitados ou portadores de déficits ou transtornos crônicos, a PA ajudará a promover o crescimento ou manter os níveis mínimos de funcionamento adaptativo. Pode durar dias, semanas, meses ou até mesmo anos.

Classificação da psicoterapia de apoio

As psicoterapias de apoio podem ser classificadas de acordo com o tempo de duração, tais como:

Psicoterapias de apoio de longa duração: destinam-se a pacientes com importantes incapacitações de ego, tais como: psicóticos, portadores de transtornos psiquiátricos crônicos, problemas caracterológicos graves, ou com atrasos evolutivos acentuados (déficits).

Psicoterapias de apoio de curta duração: destinadas a controlar crises agudas que ocorrem isoladamente em indivíduos previamente sadios, no curso de doenças crônicas ou de terapias prolongadas, e restabelecer o nível de funcionamento prévio do paciente. São exemplos dessas psicoterapias as intervenções e os apoios em crises.

Indicações da PA

A psicoterapia de apoio pode ser utilizada isoladamente ou associada a outras terapias (como, por exemplo, psicofármacos) em pacientes com diferentes graus de comprometimento das funções do ego: psicoses, transtornos graves de caráter, situações de crise com regressão intensa. Dentre os candidatos mais comuns para a psicoterapia de apoio, estão pacientes com:

  • inabilidade para separar fatos de fantasias e para reconhecer os limites entre si mesmo e os outros;
  • necessidade freqüente de descarregar afetos rapidamente por meio de atos que, muitas vezes, são destrutivos para si mesmo ou para outras pessoas, implicando em dificuldade de conter e examinar sentimentos;
  • incapacidade de formar e manter um relacionamento estável, no qual se inclui um nível razoável de confiança e de intimidade, possuindo, então, uma capacidade limitada de manter relacionamentos terapêuticos;
  • balanço inadequado de afetos;
  • falta de capacidade de sublimar ou canalizar energia para atividades criativas e socialmente úteis;
  • baixa capacidade de introspecção;
  • baixa habilidade verbal;
  • Incapacitações agudas ou crônicas com dimensão biopsicossocial;
  • História de atuações;
  • Suporte social precário;
  • Uso preponderante de defesas primitivas;
  • Desorganização cognitiva ou com a cognição comprometida;
  • Falta de motivação ou desconfiança em relação ao tratamento;
  • Tendência a externalizar as causas de fracasso;
  • Tendência a somatizar ou inabilidade para falar de emoções (alexitimia).

Contra-indicações da PA

A psicoterapia de apoio é contra-indicada para pacientes com incapacidade de estabelecer aliança terapêutica ou uma relação honesta com o terapeuta, sem motivação para mudanças ou com sintomas que implicam ganho secundário ou efeito agradável difícil de ser abandonado. Tais pacientes têm dificuldade de se envolver em qualquer forma de terapia. A PA não deve ser a opção preferencial para pacientes que apresentam conflitos de natureza psicodinâmica, problemas nas relações interpessoais, com condições para uma psicoterapia de orientação analítica, ou com transtornos psiquiátricos para os quais as técnicas comportamentais ou mesmo outras técnicas sejam mais efetivas.

Técnicas da psicoterapia de apoio

Buscando contribuir para a qualidade de vida e resiliência dos indivíduos, a psicoterapia de apoio utiliza-se de diversas técnicas para o diagnóstico de aspectos nosográficos, da personalidade e, em muitas situações, uma compreensão mais profunda da psicodinâmica do paciente.

Técnicas como o diagnóstico clínico, diagnóstico da personalidade, diagnóstico dinâmico, avaliação de predisposições genéticas, investigação de fatores ambientais podem ser utilizadas. Veja cada uma delas abaixo:

Diagnóstico clínico: obtido pela história clínica e pelo exame psiquiátrico habitual.

Diagnóstico de personalidade: visa identificar déficits no funcionamento do ego, mecanismos de defesa patológicos predominantes, nível de organização estrutural da personalidade, assim como aspectos sadios e defesas maduras ou adaptativas.

Diagnóstico dinâmico: identifica lacunas em processos evolutivos básicos (separação/individuação, aquisição da autonomia e da identidade de ego, controle de impulsos), nas defesas predominantes, na capacidade de avaliar a realidade, nos aspectos sadios do ego, nas habilidades e capacidades do paciente e na rigidez do superego.

Predisposição genética em função da presença de transtornos psiquiátricos em familiares próximos ou de doenças cuja predisposição é herdada: depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade, esquizofrenia, entre outros.

Fatores ambientais: privações, perdas, doenças físicas (neurológicas), problemas evolutivos na infância, ambiente familiar e relações com os pais, recursos do ambiente e da comunidade.

A psicoterapia de apoio, assim, visa auxiliar o indivíduo com disfunções no funcionamento do ego. Não deixe de buscar a psicoterapia que mais se adequa ao seu perfil e demanda.

E você, precisa de apoio para alcançar metas e objetivos de vida e saúde mental? Venha para o Aliviamente! Aqui nossos profissionais estão qualificados para ajudá-lo a conquistar mais saúde mental e qualidade de vida. Consulte um psicanalista hoje mesmo e veja os resultados em você!

Referência:

CORDIOLI, A.V. e colabs. Psicoterapias: abordagens atuais. 3ª edição. Editora Artmed. 2008.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


Gostou de nosso post? Compartilhe:


Todos os direitos reservados