Bullying no ambiente de trabalho: o que é, causas e como lidar.

21/11/2023 às 20:46 Dicas

Bullying no ambiente de trabalho: o que é, causas e como lidar.

Certamente você já ouviu histórias sobre bullying no ambiente escolar, onde um ou mais colegas faz piadas de mau gosto sobre outro, tornando-o alvo de chacotas e, até mesmo, de rejeição pelos demais. Mas você sabia que o bullying no ambiente de trabalho também pode acontecer?

Considerado um tipo de assédio moral, o bullying precisa ser combatido dentro das organizações. Ainda mais se pensarmos nas suas consequências a saúde mental e física dos colaboradores, e implicações até mesmo jurídicas as empresas que porventura se esquivarem do problema.

O que é o bullying no trabalho?

O bullying no trabalho, também conhecido como assédio moral no ambiente profissional, refere-se a comportamentos persistentes e prejudiciais direcionados a um ou mais funcionários. Esses comportamentos podem assumir várias formas, incluindo:

  1. Humilhação: Ridicularização constante, críticas injustas ou menosprezo em público.

  2. Isolamento: Exclusão deliberada de atividades de equipe, recusa em colaborar ou criar um ambiente de trabalho hostil para a vítima.

  3. Intimidação: Ameaças, intimidação verbal ou física, criação de um clima de medo.

  4. Sabotagem profissional: Tentativas de prejudicar o trabalho da vítima, como esconder informações necessárias, atribuir tarefas impossíveis ou difíceis de executar.

  5. Abuso de poder: Utilização da posição de autoridade para controlar ou manipular alguém de maneira negativa.

  6. Difamação: Espalhar rumores falsos ou informações prejudiciais sobre a vítima.

O bullying no trabalho pode ter sérias consequências para a saúde mental e física da vítima, levando ao estresse, ansiedade, depressão e diminuição da autoestima. Pode também afetar a produtividade no trabalho e o ambiente geral da empresa.

As políticas organizacionais que promovem um ambiente de trabalho positivo, o estabelecimento de protocolos claros para denunciar comportamentos inadequados e a sensibilização dos funcionários são fundamentais para prevenir e lidar com o bullying no local de trabalho.

O bullying profissional é mais comum do que você imagina

Somente no Brasil, uma pesquisa da VAGAS divulgada pela BBC apontou que 52% dos profissionais de diferentes regiões do país já passaram por situações de bullying. E entre os que não tinham passado, 34% já haviam presenciado alguma cena do tipo.

Infelizmente, o bullying no ambiente de trabalho não é incomum. Ele é um problema complexo que envolve dinâmicas de poder, relacionamentos de trabalho, cultura organizacional e questões de liderança, para o qual principalmente os profissionais de recursos humanos precisam estar sempre atentos. 

Como lidar com o bullying no trabalho?

Lidar com o bullying no trabalho pode ser desafiador, mas existem várias estratégias que podem ajudar:

  1. Documente o comportamento: Mantenha registros detalhados de incidentes de bullying, incluindo datas, testemunhas e descrições precisas do que ocorreu. Isso pode ser útil ao relatar o problema à administração ou recursos humanos.

  2. Converse com alguém de confiança: Compartilhe suas preocupações com um colega de confiança, um amigo ou um superior em quem você confie. Às vezes, a perspectiva de outra pessoa pode ajudar a lidar com a situação.

  3. Procure apoio dentro da empresa: Recorra aos recursos de recursos humanos ou canais de denúncia estabelecidos pela empresa para relatar o comportamento de bullying. Muitas empresas têm políticas contra o assédio e têm procedimentos para lidar com essas situações.

  4. Converse diretamente com a pessoa: Se sentir confortável e seguro, pode ser útil abordar a pessoa que está praticando o bullying. Às vezes, eles podem não estar cientes do impacto de suas ações e uma conversa franca pode resolver o problema.

  5. Priorize sua saúde e bem-estar: Encontre maneiras de cuidar de si mesmo fora do trabalho. Isso pode incluir atividades relaxantes, exercícios, terapia ou conversas com amigos e familiares para ajudar a lidar com o estresse causado pela situação.

  6. Busque ajuda externa: Se a situação não melhorar ou se sentir que a empresa não está tratando adequadamente a questão, considere procurar aconselhamento legal ou recursos externos, como sindicatos ou agências de trabalho, para orientação e suporte.

Lembrando sempre que cada situação é única, e a melhor abordagem pode variar. O mais importante é buscar apoio e agir de maneira que proteja seu bem-estar físico e emocional.

As consequências do bullying no ambiente de trabalho

O bullying no trabalho pode ter consequências significativas tanto para os colaboradores que são alvo do comportamento abusivo quanto para as empresas como um todo. 

Para os colaboradores

Para os colaboradores, as consequências do bullying no ambiente de trabalho podem ser devastadoras. O constante assédio e abuso emocional podem levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse crônico.

Os funcionários que são vítimas de bullying podem experimentar baixa autoestima, falta de confiança e uma sensação de desamparo, além de se sentirem constantemente isolados, desvalorizados e ter dificuldades para se concentrar em suas tarefas.

Além disso, o bullying pode ter um impacto significativo no bem-estar físico dos colaboradores. O estresse prolongado causado pela exposição contínua ao comportamento abusivo pode levar a problemas de saúde, como dores de cabeça, insônia, distúrbios alimentares e até doenças cardiovasculares.

Mas as consequências do bullying no ambiente de trabalho não se limitam apenas à saúde dos colaboradores. Também pode afetar negativamente sua carreira profissional.

Aqueles que são alvo de bullying podem ter dificuldade em avançar em suas carreiras, perder oportunidades de promoção e até mesmo serem excluídos de projetos importantes. 

Para as empresas

Já para as empresas, as consequências do bullying no ambiente de trabalho também são graves. A cultura organizacional é afetada, pois o bullying cria um clima de medo, desconfiança e hostilidade. Isso pode levar à diminuição da satisfação dos funcionários, ao aumento do absenteísmo e à rotatividade de pessoal.

Colaboradores que sofrem bullying podem optar por deixar a empresa em busca de um ambiente de trabalho mais saudável, o que resulta na perda de talentos e na necessidade de recrutar e treinar novos funcionários, o que implica em custos adicionais.

Em termos de desempenho, o bullying no ambiente de trabalho pode levar a uma diminuição da produtividade e qualidade do trabalho. Funcionários que sofrem bullying podem se tornar menos engajados, criativos e comprometidos com seus trabalhos. A comunicação e a colaboração entre os membros da equipe também podem ser prejudicadas, afetando a eficiência e a eficácia das operações da empresa.

Como combater o bullying no trabalho?

Política anti-bullying

Em primeiro lugar, é papel das organizações criar um ambiente que não estimule ou favoreçam a hostilidade entre os colaboradores.

Isso não significa criar regras restritivas que condenem o bom humor e as brincadeiras, mas, sim, criar normas claras e políticas contrárias ao bullying no ambiente de trabalho.

Este documento pode ser elaborado numa força tarefa pela área jurídica e de recursos humanos. 

Canal de denúncias

Ademais, pode ser interessante criar um canal de comunicação que permita denúncias anônimas, como uma ouvidoria. Isso incentivará que as testemunhas e a própria vítima denunciem os agressores.

Essa ação pode ser feita de maneira simples, a exemplo da criação de um e-mail que concentre as demandas da ouvidoria. 

Ações de conscientização

Outra medida muito importante para prevenir o bullying no trabalho é a conscientização que pode ser realizada por meio de treinamentos, orientações, materiais informativos, rodas de conversa, etc. 

Conclusão

O bullying no ambiente de trabalho é uma realidade que não pode ser negada e menosprezada. Como vimos, essa prática pode trazer graves consequências tanto para os colaboradores quanto para a empresa num todo.

Combater o bullying é um papel que todos devemos cumprir no dia a dia profissional, e é de suma importância que os profissionais de recursos humanos estejam atentos aos sinais dessa violência.

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Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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