Estar sozinho, para você, é algo prazeroso ou angustiante? Cada um de nós sente isso de maneira diferente, afinal, na cultura contemporânea ainda se acredita que ficar sozinho é algo ruim.
No entanto, você sabia que passar um tempo na própria companhia pode ser bastante positivo?
O que é solitude?
Definido como um isolamento voluntário, solitude foi uma expressão muito usada pelo pensador Paul Tillich, que associou a palavra à glória e felicidade de se estar sozinho.
Para o pensador, é apenas quando nos encontramos a sós que conseguimos entrar em contato com nosso mundo interno, colocar os pensamentos em ordem e observar o significado das nossas emoções.
Ao contrário da solidão (que veremos logo a seguir), a solitude é saudável e merece ser praticada, senão todos os dias, algumas vezes por semana. Afinal, ter um tempo sozinho é essencial para o desenvolvimento.
Solidão
Em contrapartida, a solidão tem um significado mais desagradável. Ela remete à dor, à angústia, à sensação de vazio. É o sentimento de não conseguir encontrar a felicidade, por ter a sensação de que falta algo na vida.
O grande problema da solidão é que, em alguns casos, ela pode se transformar em depressão. Ademais, pode ser uma condição para o desenvolvimento de distúrbios mentais e compulsões, por exemplo, em compras, festas, etc.
Como a solitude se relaciona com a inteligência emocional?
Em um mundo onde tentamos a todo custo nos manter ocupados, a solitude é uma dádiva que merece ser preservada. O tempo livre para almoçar, por exemplo, é preenchido com redes sociais e as horas após chegar em casa do trabalho são ocupadas com TV. E isso faz com que percamos a oportunidade de nos conectarmos com nós mesmos.
A reflexão sobre si e os acontecimentos do dia ajudam na construção do autoconhecimento. Mas para fazer isso é essencial silenciar tudo ao redor e se perguntar:
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Por que agi daquela maneira naquela situação?
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De que forma posso melhorar minhas atitudes?
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O que influenciou minha decisão?
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Do que eu preciso para ter mais satisfação?
A reflexão sobre estas perguntas é imprescindível para o desenvolvimento da inteligência emocional - uma grande soft skill extremamente valorizada pelo mercado de trabalho e benéfica para as relações interpessoais.
Da solidão à solitude: aprenda a curtir sua própria companhia!
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Se conheça melhor e se sinta confortável com isso: estar consigo mesmo é ideal para se conhecer, se aceitar e aprender a lidar com cada característica que te torna especial e único.
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Faça o que você gosta: reserve espaços na sua agenda para aprender novas habilidades, ir ao cinema, etc.
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Saia para observar: quando conseguir, dar uma volta na natureza, na praia ou em um parque sozinho, é uma terapia natural que te faz valorizar muitos detalhes que passam despercebidos.
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Coloque suas músicas preferidas, cante e dance: a música e a dança liberam dopamina.
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Escreva ou desenhe: para liberar seus pensamentos, desabafar e até organizar ideias é ótimo registrar tudo isso ou fazer trabalhos manuais.
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Não faça nada, relaxe: tire um tempo para deitar na rede, não pensar em nada, esvaziar a mente e se cuidar.
A solitude pode mudar a sua vida!
A solitude, como você pode constatar ao longo desse artigo, é uma oportunidade para definir sonhos, projetos de vida. As reflexões nos ajudam a entender um pouco o que queremos ou do quê precisamos para ter mais satisfação.
Também podemos citar o ócio criativo como mais uma vantagem de praticar a solitude, visto que deixar a mente livre é importante para que ideias surjam. Afinal, uma rotina de muita produtividade e sem pausas é um bloqueio para a criatividade.
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