O que é constelação familiar?

15/07/2021 às 19:52 Dicas

O que é constelação familiar?

Recentemente a constelação familiar tem ganhado espaço como abordagem terapêutica. Você já ouviu falar sobre? Dá uma olhada!

Histórico

A constelação familiar foi desenvolvida nos anos 80 pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que defende a existência de um inconsciente individual e do inconsciente coletivo atuando em cada membro da família. O autor determina leis básicas do relacionamento humano (pertencimento ou vínculo, hierarquia e equilíbrio) que atuam ao mesmo tempo, onde houver pessoas convivendo.

Hellinger postulou que por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a ação para resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim, prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e dos quais sequer têm conhecimento. Seria uma espécie de herança afetiva, uma transmissão intergeracional de problemas familiares, que acaba criando uma sequência de destinos trágicos.

O que é constelação familiar?

Também conhecida como constelação sistêmica ou constelação familiar sistêmica, um método de terapia alternativa e autoconhecimento, o qual define que dificuldades atuais podem ser influenciadas por traumas sofridos em gerações anteriores da família, mesmo que os afetados agora não tenham conhecimento do evento original. A constelação familiar permite acessar algo que está presente no sistema familiar e muitas vezes não se compreender, nem percebido sem se observar o todo.

Na constelação familiar não trabalha só com a geração atual do constelante ou constelado (cliente), mas com várias gerações passadas, independente do conhecimento da história ou convivência com elas. Informações a respeito desse aspecto podem surgir durante um trabalho de constelação a partir da percepção do constelador conectado com o movimento do espírito e dos representantes que agem, sentem e pensam exclusivamente influenciados pela alma familiar da pessoa que será trabalhada.

É uma técnica cuja aplicação pode ser individual ou grupal e as especificações da prática podem variar.

O término do trabalho ocorre quando se encontra a solução do problema do constelante e todos no sistema se sentem em seu lugar e em harmonia uns com os outros.

Dessa forma, a constelação familiar postula que existem duas formas de transmissão psíquica:

  1. Intergeracional: aspectos psíquicos integrados e transmitidos à geração seguinte;
  2. Transgeracional: um tipo de transmissão de aspectos que não apresentam possibilidades de simbolização e são caracterizados pelo não revelado. Esse tipo de transmissão não consegue ser elaborada e permanece encriptada no mundo interno do sujeito, paralisando-o e condenando-o a inscrição de uma presença ausente.

Princípios da constelação familiar

Dentre os princípios ou pilares da constelação familiar, podemos citar:

Movimento do espírito: é um movimento que se dedica a todas as coisas tais como são. Esse movimento, quando nos perpassa, produz um movimento de concordância entre todas as coisas, tal como são e exatamente como estão.

Alma familiar: existe uma alma familiar que une todas as pessoas da família, independente de estarem vivas ou mortas.

Ordens do amor: para a constelação familiar, todos da família são influenciadas pelas “ordens do amor”, ou seja, o pertencimento, a ordem e o equilíbrio. O pressuposto da ordem indica que os primeiros a chegarem numa família têm preferência perante os outros: os mais velhos em relação aos mais jovens, etc.

Emaranhados: são os problemas vividos por uma pessoa que indicam existir alguma interferência nas ordem do amor e tem relação com algum tipo de exclusão, injustiça, luto, doença grave, rompimento de vínculos, adoção, suicídio e até brigas por herança.

Hierarquia: é a ordem cronológica que coloca os pais antes que os filhos, o primeiro filho antes do segundo, o amor entre pai e mãe antes do amor entre pais e filhos.

Equilíbrio entre dar e receber: é a necessidade de haver equilíbrio em todas as relações, o que gera respeito e igualdade de condições.

Pertencimento a um clã familiar: todos os membros da família tem o direito e o dever de serem reconhecidos como pertencentes à família, para que o sistema seja justo e equilibrado.

Papel do constelador

O papel do constelador é identificar o emaranhado e restabelecer no sistema familiar do constelante (pessoa que expõe seu problema no grupo de constelação) o fluir das ordens do amor. As pessoas que estão assistindo o trabalho são convidadas pelo próprio constelador ou pelo constelante para atuarem como representantes do sistema familiar e a dramatizarem situações onde foi percebido o problema.

Com base nessa percepção relacionada com algum aspecto dos emaranhados, o constelador dirige a representação e direciona as falas dos atores com frases específicas.

Constelação familiar no Brasil

Atualmente a constelação familiar tem tido grande repercussão nos contextos terapêuticos privados, em instituições e organizações e mais recentemente na saúde pública do Sistema Único de Saúde (SUS) e no sistema judiciário brasileiro.

A Portaria nº 702 de 2018 do Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, incluiu novas técnicas de atenção à saúde, sendo uma delas a constelação familiar.

Necessidade de pertencimento

Pertencer à nossa família é uma necessidade humana básica, o desejo desse vínculo é muito profundo. A necessidade de pertencer à família tem sido associada à necessidade de sobreviver. Isso significa que muitas vezes nos sacrificamos em prol do sistema familiar devido ao direito de pertencer. Muitas pessoas abrem mão de suas metas e projetos de vida por conta da lealdade à família, diminuindo sua qualidade de vida biopsicossocial.

Desse modo, a constelação familiar entra para tratar os traumas familiares para que o indivíduo seja liberado de cargas que não são suas, abrindo novas possibilidades no bem estar e na existência individual.

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Referências:

BRAGA, A.L.A. Psicopedagogia e constelação familiar sistêmica: um estudo de caso. Rev. psidopedag. 2009;26(80).

FRANCELINO, E.T. et al. O impacto da constelação familiar sistêmica na saúde emocional dos discentes da EEFM João Mattos. IV COLBEDUCA e II CIEE. 2018.

MARINO, S. & MACEDO, R.M.S. A constelação familiar é sistêmica? Nova perspect. sist. 2018;27(62).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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